Um prédio de arquivo é responsável pela gestão, conservação e armazenamento de documentos, memórias materializadas.

Representando o mais importante polo documental da arquitetura brasileira no mundo, a FAU – USP se mostra um marco arquitetônico não só por sua espacialidade e forma, mas também por sua substancialidade.

 

Nesse contexto, a proposta do arquivo da FAU aqui realizada, segue a premissa da exaltação conceitual, refletindo a descoberta de memórias como o norte da proposta. Para tanto, foram utilizadas estratégias projetuais que propõem uma promenade architecturale. As variações na perspectiva são percebidas ao longo de todo o caminho percorrido, propondo um percurso dinâmico e instigando o expectador a realizar descobertas durante a vivência arquitetônica.

 

Situado ao lado de um edifício que honra o título de Ópera Prima, o novo projeto configura-se de maneira a evidenciar a FAU, com um programa que acontece majoritariamente no subsolo e cujo nível térreo que se mostra espaço público, estabelecendo um novo eixo entre a Faculdade de Arquitetura e o estacionamento.

 

O primeiro contato do indivíduo com o prédio do arquivo será com sua cobertura, um plano decomposto em aberturas e espaços, formando um jogo de alturas, luzes e sombras. Em seguida o usuário é levado ao primeiro subsolo, onde estão o acervo, a consulta e as galerias, depois, tem-se o segundo subsolo, ambiente privativo aos funcionários onde se encontram as salas de processamento e conservação e restauro.

 

Estruturalmente, o edifício se resolve com um sistema construtivo de concreto armado e aço e vedações em pano de vidro, soluções que remetem ao modernismo brasileiro, tão presente no complexo da FAU-USP.